sábado, 2 de outubro de 2010

Da Espera Ao Esperar


É que tende então a vir a “Espera”. A tão fadada “Esperança” que chega nas cartas que o Desejo trás nas manhãs de cada dia, e com elas aquele perfume doce de sonhos quebrados de um passado aos poucos esquecido a cada raio de sol que desvenda a escuridão do presente, que agora, nesse agora, já não é futuro, e pós-virgula e letras já é passado novamente e nos faz voltar a Esperar.

A amarga Espera da falta do não ter, por vontade de simplesmente suprir o vazio que segue diariamente no buraco escuro inexplorado pelos raios do sol que são incapazes de chegar a tão profundo abismo. Os mesmo raios que devastam o presente que foi futuro em linhas passadas, e já o deixa de ser nesse ponto.

E velozmente como que se o passado voltasse, vê-se aquela cena de porta aberta e olhos na estrada, que de longe enxergam a carruagem do “Desejo Suprido” aproximando-se tão vagarosamente quando os passos de quem a conduz, e que aos poucos se mostra “desvultuando-se” ao se aproximar cada vez mais da porta aberta, e distante o Esperado que vinha a chegar, foi arrastado até a soleira pela Frustração que conduzia os cavalos do Desejo, a mesma Frustração que esperou apenas o consentimento da entrega para cobrar seu preço, o seu tão pesado preço que nem se quer tem devolução à loja em que foi buscado o Desejo quebrado, e agora restam apenas as partes daquilo que o sol não enxerga mais, já que nessa espera a noite caiu sem que a percebessem no tempo das linhas, pontos e virgulas que passaram, e apenas, apenas no amanhã, o sol voltará a tornar o passado em memória, e o presente em futuro desfeito, e a nova entrega do Esperar tomará seu rumo até a soleira do Aguardar com paciência os bons tempos que perdemos esperando.


Sábado, Vinho, Chopin, Papel, Caneta

2 comentários:

  1. me diz oq q tu puxou pra escrever isso aew...
    xD~~~
    tah massa...

    ResponderExcluir
  2. Muito bom!
    vou continuar sempre dando uma passadinha por aqui!
    abraços

    ResponderExcluir