1. ONTEM à tarde, quando o sol morria,
A natureza era um poeta santo,
De Cada moita a escuridão saia,
De cada gruta rebentava um canto,
Ontem à tarde, quando o sol morria.
2. Do céu azul na profundeza escura
Brilhava a estrela, como um fruto louro,
E qual a foice, que no chão fulgura,
Mostrava a lua o semicirc’lo d’ ouro,
Do céu azul na profundeza escura.
3. Larga harmonia embalsamava os ares!
Cantava o ninho – suspirava o lago...
E a verde pluma dos sutis palmares
Tinha das ondas o murmúrio vago...
Larga harmonia embalsamava os ares...
- Rio de Janeiro, 12 de Outubro de 1869
A natureza era um poeta santo,
De Cada moita a escuridão saia,
De cada gruta rebentava um canto,
Ontem à tarde, quando o sol morria.
2. Do céu azul na profundeza escura
Brilhava a estrela, como um fruto louro,
E qual a foice, que no chão fulgura,
Mostrava a lua o semicirc’lo d’ ouro,
Do céu azul na profundeza escura.
3. Larga harmonia embalsamava os ares!
Cantava o ninho – suspirava o lago...
E a verde pluma dos sutis palmares
Tinha das ondas o murmúrio vago...
Larga harmonia embalsamava os ares...
- Rio de Janeiro, 12 de Outubro de 1869
_______
Três estrofes do poema de Castro Alves, Murmúrios da Tarde. Precisando voltar a fazer coisas que me deixavam melhor, talvez essa seja uma delas.
_______
*Foto tirada por uma pessoa que eu amo tanto =* Catedral de Fortaleza muito linda com uma iluminação perfeita.
Carol: Só pq ficou um post muito lindo com um poeta que eu adoroo vc se livrará de um processo!=p Adorei vc ter usado uma foto minha! Vc como sempre fez um ótima associação imagem/texto ^^
ResponderExcluir=**
Muito bom o post... a foto está incrível... castro alves irei procurar nos melhores sebos da cidade esta semana!
ResponderExcluirabraço!